Casa na Árvore
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
CIFA {Crise do Início da Fase Adulta}
Num momento muito importante da minha vida, alguém no qual
eu me espelhava e admirava profundamente {ainda admiro, claro} me disse que eu
não sabia escrever.
E eu acreditei nisso.
Depois disso comecei a ter um bloqueio, começando pelas
ideias ate chegar ao ponto em que me peguei sem saber escrever palavras
simples. Ainda estou passando e tentando superar esse trauma. Eu sempre quis
escrever sobre milhões de coisas e infelizmente tive que adiar muito por isso.
Mas aqui estou, cansei. Não vou esperar me recuperar totalmente pra fazer tal
coisa. Afinal palavras são palavras, escritas certas ou erradas.
Isso me afetou a tal ponto porque eu sempre julguei que meus
textos fossem bons e na faculdade sempre recebi notas razoáveis por eles. Pra
mim, era impensável uma pessoa com graduação não saber escrever. E foi no
momento mais importante que esse rolê aconteceu. Bem no período do tcc. E lá
estava eu, vendo a possibilidade de realizar o sonho de concluir a faculdade,
mas com esse trauma entranhado na minha mente.
Aqui é um lugar livre, onde vou me permitir a escrever como
eu estiver me sentindo no momento. Seja com pontuação ou não, sem vírgula nos
dias que eu estiver muitíssimo revoltada com algo e não tiver nem sequer uma
pausa para respirar.
Eu estou passando por uma crise que ainda não dei nome. Talvez:
CIFA {Crise do Início da Fase Adulta}. Ahhhh também não vou usar algumas coisas
nos textos como parênteses porque a tecla do meu pc está quebrada e eu não
tenho grana para concertar. Afinal, nada pode ser uma desculpa para não começar a
escrever aqui de vez, mesmo os blogs tendo saído de moda. Vai que a netflix um
dia lança uma série sobre a minha linda, magica, dramática e trágica vida. O primeiro
passo precisa ser dado.
A CIFA tem me consumido nas ultimas semanas, boletos atrasados,
solitude, fim de namoro, mudança de cidade, emprego novo { posso ser demitida a
qualquer momento}, aluguel, energia, gás, comida.. contas e mais gastos e uma marca
pra administrar, amigos para ajudar, feiras de design para participar,
processos criativos para terminar, produtos para produzir, bater meta no trampo
do shopping, lhe dar com pessoas muito diferentes que requer habilidades
especificas, família pra visitar, pra dar satisfação de como anda a minha vida
{acham que estou bem e não falo ou não visito por ser fria ou pp não os amo}, minha
mãe cobrando minha presença, meu pai nem sequer fala comigo quando tento puxar
assunto {ele deve ter decidido não falar mais comigo, não sei o que se passa na
mente dele}. Preciso comer bem também porque recentemente adoeci 3 vezes e duas
delas fui parar no hospital e uma das 3 passei por uma pequena cirurgia, minha imunidade tem que está boa...
Mas tudo isso só depende de uma pessoa, de mim.
Nessa reviravolta toda o que me mantem ainda em pé é a forte
fé e otimismo que tenho no peito de que um dia tudo passa, inclusive a CIFA, e
grandes amigos eu fiz nessa curta e enorme jornada. Eles não me deixam em paz
{graças a Deus}.
obs.: algumas teclas do meu pc também não funcionam, então se eu tiver sem paciência, vai faltando letra sim.
obs.: algumas teclas do meu pc também não funcionam, então se eu tiver sem paciência, vai faltando letra sim.
terça-feira, 14 de agosto de 2018
ÁCIDO NAS VEIAS
Esse texto não é para mostrar as normas gramaticais que aprendi durante a vida, virgulas e pontos em lugares confusos assim como eu. Esse texto é a mistura de pensamentos que se passam. que senti. que vivi. Que pode não ser tão significativo para outras pessoas, mas pra mim sim.
Sim, eu guardo
bem no fundo do meu coração todas as vezes que você me humilhou que me fez
sentir inferior a qualquer coisa e a qualquer vida, as vezes que você
indiretamente me chamou de puta, que me ofendeu de formas inimagináveis, que
abalou desde sempre, até hoje, o meu psicológico, que ignorou quem eu sou de
fato e quis crer em suas próprias conclusões que vivia tirando de mim e de
minhas pequenas ações de garota, lembro que uma vez você bêbado cismou que uma mulher que estava
próximo a nós era lésbica, e pior, que ela estava dando em cima de mim enquanto
eu estava cochilando de cabeça baixa na mesa, me acordou com um grito, queria
que eu adivinhasse o problema, depois, levantou-se e chamou nossa família pra
ira pra casa, enquanto os outros andavam na minha frente você sussurrou no meu
ouvido que eu não valia merda. Balancei a cabeça como quem concordava e
agradecia.
Durante todos
esses anos você achou que eu não tivesse problemas na vida, como se o fato de
eu não ter a responsabilidade de uma casa nas costas significava que eu viveria
em uma vida maravilhosa. Não. Eu sempre tive problemas dos quais vocês nunca
nem imaginou que eu tivesse e nunca me ajudou a resolver sequer um deles, todos
os seus conselhos foram frustrantes pra mim ao pensar que eu nunca precisei que
você me dissesse eles para me livrar dos perigos da vida e das más pessoas,
pois de todas as pessoas más que eu me deparei na vida você nem sequer chega
aos pés, sim, você foi a pessoa mais má que teve o desprazer de conhecer e
conviver.
Sinceramente não
sei como alguém tão pequena como eu suporta tanto rancor e nojo de alguém numa
vida inteira. Suportei piadas, gritos, voz de autoridade quando estava bêbado,
insinuação de que eu sou vagabunda, de que eu não faço nada que preste.
Lembro quando eu
tinha entre 10/11 anos de idade e entrei no banheiro para tomar banho e você
chegou à cozinha e começou a falar para minha mãe o quanto ela deveria ter
cuidado comigo, cuidado com o monstro que ela gerou no mundo, eu entrei num
desespero de choro, não consegui tomar banho ouvindo tudo aquilo, cai no chão e
enquanto eu estava sentada você falava que eu ia ser dessas meninas da vida,
que eu seria vagabunda, puta, que eu já deveria começar a trabalhar pra não ter
tempo pra isso, que eu colocaria minha mãe num asilo quando ela estivesse velha
e nunca daria as caras para visita-la, pois deixaria ela morrer sozinha, que
eu quando saísse de casa se não fosse
por ter fugido com algum homem, ou grávida que eu nunca mais voltaria para ver
meus pais pois eu nunca me importei com eles. Lembro que ele falou muito mais
que isso, muito mais mesmo, não me lembro e tudo porque fiz questão de não
querer lembrar de tudo pois em algum momento eu não suportaria tanto
sofrimento.
Fui crescendo e
você cada vez mais especulando que eu seria assim assado, meus ouvidos ouviam
ele descrever a pior pessoa que uma mente maligna poderia imaginar, e eu tinha
nojo dessa pessoa que ele especulava que eu me tornaria, eu não poderia ter
amigos homens pois eu seria puta, não poderia ter amigas mulheres pois eu seria
lésbica, então fui obrigada a não ter tantas amizades fora do colégio, durante
toda, exatamente toda minha adolescência meu colegas do colégio me chamavam
para ir a praça, sorveteria, aniversários e eu nunca podia ir, eles chamavam
tanto que quando eu completei uns 17 anos nenhum deles me chamavam mais para
nada, não adiantava chamar mesmo, a resposta seria sempre a mesma: - NÃO!
Quando o
vestibular foi chegando eu confirmei o que já era de se esperar de mim, falei
que faria design de moda e você chegou para mim e disse que eu não iria fazer
este curso simplesmente porque sua ignorância sempre foi ma0ior que qualquer
sonho, qualquer coisa, disse que eu deveria fazer direito, odontologia porque
esses cursos sim dariam dinheiro, e eu lembro de ter lhe respondido apenas uma
coisa, que eu não iria ingressar em um curso pelo dinheiro mas pela realização
profissional, eu nunca me importei se eu fosse ser rica ou não, eu só não
queria/ quero ser uma profissional frustrada e infeliz com seu trabalho.
Você me frustrou
como sempre, e só depois de ir conversar
com uma assistente social que você permitiu que eu fizesse o curso, quando você
me deu essa notícia eu não agradeci se era o que você esperava, pois eu estava
determinada a fazer a qualquer custo e você nem ninguém me faria desistir de um
sonho.
Você como sempre
imagina que meu curso nunca me renderá dinheiro, ou seja, que eu serei
vagabunda sempre, você não conhece sequer um sonho meu, você não sabe quais meu
planos de vida, você não faz ideia do anto eu planejo milimetricamente cada
coisa que executo, cada degrau que subo, você não faz ideias das dificuldades
que passei para conseguir cada coisa que por mais simples que seja e você nunca
vai saber porque eu nunca te direi nada, eu não sou sua amiga, não sou sua mãe,
sou sua filha por imposição, não por opção, porque eu não escolheria ser filha
daquele que já me expulsou inúmeras vezes de casa e me fez sentir como se eu
fosse a única que não faz parte dessa família, como se você só me deixasse
morar aqui nessa casa porque você é bonzinho demais como se o prato de comida
que você permite u comer todos os dias fossem esmolas. Sim, eu já pesei em sair
de casa inúmeras vezes também, mas do que adiantaria se em meus planos estudar
é muito mais importante que qualquer problema, mesmo que ele me afete
diretamente em cada parte de mim e permaneça nas minhas veias todos os dias
como se fosse um ácido ao invés de sangue que circulasse dentro delas.
Eu já não sei
mais se a única coisa boa que você fez foi ter ajudado a me por no mundo, não
sei mais nem se isso foi bom ou se foi mais um de seus erros. Inúmeras vezes
tentei ser alguém e você sempre esteve lá para destruir meu sonho, entrei no
teatro e você me impediu de ir justificando que aquilo não tinha futuro que eu
deveria era estudar para concurso, tentei treinar artes marciais e essa escolha
foi até você que me fez ir, eu não tinha tanta vontade, mas você disse que
seria legal e quando eu comecei a me tornar uma atleta e a disputar campeonatos
brasileiros trazendo medalhas em todas as competições nas quais eu participava
vo0cê simplesmente me disse que não haverá futuro nisso e que era para eu
desistir.
Sinceramente eu
nunca soube o que você tem contra minha pessoa, mas eu tenho tudo isso e muito
mais contra a sua pessoa, tudo o que você fez contra mim até hoje. Quero deixar
claro que guardo tudo isso, toda a dor numa caixinha dentro do meu coração e na
frente dessa caixa sua foto e escrito de vermelho em cima PERIGO.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
DIAS DE GLÓRIA
Em busca da luz
Tenho uma lista que é composta por
coisas que devo fazer, sentir, viver, antes de morrer (risos), e nessa
lista todos os itens são coisas que me levam a boas sensações, e histórias que
um dia eu irei contar para meus filhos e netos, aventuras e aprendizados.
A vida é
muito curta para termos tantos medos, medos esses que nos impedem de seguir em
frente e quanto mais você adia mais vai sentindo que dentro de você existe um
espaço que ainda falta ser preenchido com alguns sentimentos e sensações.
Sábado, 16h,
peguei minha mochila, coloquei uma garrafa de água, cachecol, grana, lanterna,
comida e parti, sim, eu parti, resolvi ir a um luau com uma galera, esse
foi o meu primeiro e um dos itens da lista.
Chegando cedo na praia resolvi que
ficaria ali mesmo esperando o resto das pessoas chegarem, logo, quando todos
chegaram fomos para a parte mais calma da praia e lá havia umas vinte e cinco
pessoas, havia uma galera muito louca, muito calada, muito agitada e eu perdida
nesse tumulto de personalidades.
Brincamos,
sorrimos, corremos na areia, contemplamos o mar e eu já estava exausta de tanta
falta de animação, pensei que fossemos tocar violão a madrugada toda (tocamos
muito pouco), estiquei meu cachecol na areia, deitei e lá fiquei observando o
quanto somos pequenos, o quanto somos infinitos e o quanto somos fortes.
Parei para
pensar nas infinitas possibilidades que temos de ser quem quisermos ser, de
fazer o que bem entendemos, de ir a qualquer lugar, ali naquele instante
tudo parecia mais fácil de ser alcançado e me questionei o que me impedia
de fazer, ir e ser o que eu quiser.
Em meio a
tanta coisa no mundo, ali estava eu, sendo eu mesma, olhando para o infinito
céu e me perguntando se em cada estrela que eu avistava existia uma forma de
vida inteligente que questionava o mesmo, tendo a sensação de morar em um grão
de areia.
Lá em meio
aquelas pessoas vi alguma que aparentemente estavam bem, e outras que buscava nos outros aquilo que nem eles mesmos sabiam o que é, mas sabia que
preencheria esse imenso vazio, e de forma muito frustrante continuava sem
encontrar.
O dia
começou a amanhecer ao som de Thiago Iorc - coisa linda, o nascer do
sol foi lindo, esperei por tantas horas para ver ele nascer, um espetáculo na
imensidão azul, luz para nos guiar, calor para nos mover, um verdadeiro
espetáculo.
Foi uma das
madrugadas mais lindas onde não parei de pensar no quanto eu queria ser infinita, no quanto eu gostaria de me espalhar no mundo assim como um dente-de-leão quando é soprado pelo vento. quero desbravar o mundo. sou de todo lado.
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